quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Deixe assim por favor.

O que faz aqui novamente?
Não tinhamos combinado que não voltaria?
Pra ela esse era um assunto muito bem resolvido. Mas ele resolveu voltar.
Chegou sem bater na porta, entrou com uma liberdade que nunca teve.
Sentou no sofá, ligou a vitrola e acendeu um cigarro. O cigarro tinha outra marca, o rosto também tinha mudado um pouco, a altura não parecia a mesma, o cheiro era um pouco mais doce.
Ela estranhou, tentou disfarçar, tanto tempo longe, ficou com medo de trocar o nome, de contar alguma história na qual ele não participou.
Permaneceu calada, inerte num presente embriagado de passado e que não apresentava futuro.
Sentiu medo, sentiu vontade de trocar o Cd, quis acompanha-lo até a porta, aquela mesma porta que muitas vezes ele entrou sem bater.

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